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Capítulo 11 de 14
1Abre, ó Líbano, as tuas portas, e o fogo devore os teus cedros; geme, cipreste, porque o cedro caiu.
2As mais belas árvores foram abatidas! Gemei, carvalhos de Basã, porque foi dizimada a floresta impenetrável.
3Ouve-se o pranto dos pastores porque foram arruinados os seus pastos, o seu orgulho. Ouve-se o rugir dos leõezinhos, porque foram devastadas as florestas do Jordão.
4Eis o que diz o Senhor, meu Deus:
5“Apascenta estas ovelhas destinadas ao matadouro, que são compradas e degoladas impunemente, cujos vendedores dizem: Bendito seja o Senhor! Eis que estou rico! – sem que nenhum pastor tenha compaixão delas.
6Por minha vez, não pouparei mais os habitantes desta terra – oráculo do Senhor. Entregarei os homens uns aos outros e nas mãos de seu rei; devastarão o país e não livrarei ninguém de sua mão”.
7Pus-me, então, a apascentar as ovelhas destinadas ao matadouro, as mais miseráveis do rebanho. Escolhi dois cajados, aos quais chamei respectivamente Benevolência e União, e comecei a apascentar o rebanho.
8Despedi os três pastores desde o primeiro mês: eu estava cansado deles, e eles estavam desgostados de mim.
9Eu declarei: “Não quero mais saber do ofício de pastor. Pereça o que perecer, morra o que morrer! Os que restarem, que se devorem uns aos outros”.
10Tomando então Benevolência, meu cajado, quebrei-o, rompendo assim o pacto concluído com todos os povos.
11Ele foi quebrado naquele dia e os mercadores de animais que me observavam perceberam que aquilo indicava um oráculo do Senhor.
12Eu disse-lhes: “Dai-me o meu salário, se o julgais bem ou, então, retende-o!”. Eles pagaram-me apenas trinta moedas de prata pelo meu salário.
13O Senhor disse-me: “Lança esse dinheiro no tesouro, esta bela soma, na qual estimaram os teus serviços”. Tomei as trinta moedas de prata e lancei-as no tesouro da casa do Senhor.*
14Depois tomei o meu cajado União e quebrei-o, rompendo assim o pacto de fraternidade entre Judá e Israel.
15O Senhor disse-me: “Aparelha-te agora como um mau pastor.
16Estou pronto a suscitar nesta terra um pastor que não terá cuidado das ovelhas que perecem, não buscará as que se desgarram, não curará a que for ferida, nem alimentará a sã; mas comerá a carne das melhores e lhes arrancará as unhas.*
17Ai do mau pastor que abandona o seu rebanho! Que a espada fira o seu braço e o seu olho direito! Que seque seu braço e seja coberto de trevas o seu olho direito!”.*