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Capítulo 76 de 150

1Ao mestre de canto, segundo Iditun. Salmo de Asaf.*

2Minha voz se eleva para Deus e clamo. Elevo minha voz a Deus para que ele me atenda;

3No dia de angústia procuro o Senhor. De noite minhas mãos se levantam para ele sem descanso; e, contudo, minha alma recusa toda consolação.

4Faz-me gemer a lembrança de Deus; na minha meditação, sinto o espírito desfalecer.

5Vós me conservais os olhos abertos, estou perturbado, falta-me a palavra.

6Penso nos dias passados,

7lembro-me dos anos idos. De noite reflito no fundo do coração e, meditando, indaga meu espírito:

8“Porventura Deus nos rejeitará para sempre? Não mais há de nos ser propício?

9Estancou-se sua misericórdia para o bom? Estará sua promessa desfeita para sempre?

10Deus se terá esquecido de ter piedade? Ou sua cólera anulou sua clemência?”.

11E concluo, então: “O que me faz sofrer é que a destra do Altíssimo não é mais a mesma...”.*

12Das ações do Senhor eu me recordo, lembro-me de suas maravilhas de outrora.

13Reflito em todas vossas obras, e em vossos prodígios eu medito.

14Ó Deus, santo é o vosso proceder. Que deus há tão grande quanto o nosso Deus?

15Vós sois o Deus dos prodígios, vosso poder manifestastes entre os povos.

16Com o poder de vosso braço resgatastes vosso povo, os filhos de Jacó e de José.

17As águas vos viram, Senhor, as águas vos viram; elas tremeram e as vagas se puseram em movimento.

18Em torrentes de água as nuvens se tornaram, elas fizeram ouvir a sua voz, de todos os lados fuzilaram vossas flechas.

19Na procela ressoaram os vossos trovões, os relâmpagos iluminaram o globo; abalou-se com o choque e tremeu a terra toda.

20Vós vos abristes um caminho pelo mar, uma senda no meio das muitas águas, permanecendo invisíveis vossos passos.

21Como um rebanho conduzistes vosso povo, pelas mãos de Moisés e de Aarão.