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Capítulo 103 de 150
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1Bendize, ó minha alma, o Senhor! Senhor, meu Deus, vós sois imensamente grande! De majestade e esplendor vos revestis,*
2envolvido de luz como de um manto. Vós estendestes o céu qual pavilhão,
3acima das águas fixastes vossa morada. De nuvens fazeis vosso carro, andais nas asas do vento;
4fazeis dos ventos os vossos mensageiros, e dos flamejantes relâmpagos vossos ministros.*
5Fundastes a terra em bases sólidas que são eternamente inabaláveis.
6Vós a tínheis coberto com o manto do oceano, as águas ultrapassavam as montanhas.
7Mas à vossa ameaça elas se afastaram, ao estrondo de vosso trovão estremeceram.
8Elevaram-se as montanhas, sulcaram-se os vales nos lugares que vós lhes destinastes.
9Estabelecestes os limites, que elas não hão de ultrapassar, para que não mais tornem a cobrir a terra.*
10Mandastes as fontes correr em riachos, que serpeiam por entre os montes.
11Ali vão beber os animais dos campos, neles matam a sede os asnos selvagens.
12Os pássaros do céu vêm aninhar em suas margens, e cantam entre as folhagens.
13Do alto de vossas moradas derramais a chuva nas montanhas, do fruto de vossas obras se farta a terra.
14Fazeis brotar a relva para o gado, e plantas úteis ao homem, para que da terra possa extrair o pão
15e o vinho que alegra o coração do homem, o óleo que lhe faz brilhar o rosto e o pão que lhe sustenta as forças.
16As árvores do Senhor são cheias de seiva, assim como os cedros do Líbano que ele plantou.
17Lá constroem as aves os seus ninhos, nos ciprestes a cegonha tem sua casa.
18Os altos montes dão abrigo às cabras, e os rochedos aos arganazes.
19Fizestes a lua para indicar os tempos; o sol conhece a hora de se pôr.
20Mal estendeis as trevas e já se faz noite, entram a rondar os animais das selvas.
21Rugem os leõezinhos por sua presa, e pedem a Deus o seu sustento.
22Mas se retiram ao raiar do sol, e vão se deitar em seus covis.
23É então que o homem sai para o trabalho, e trabalha sem descanso até o entardecer.
24Ó Senhor, quão variadas são as vossas obras! Feitas, todas, com sabedoria, a terra está cheia das coisas que criastes.
25Eis o mar, imenso e vasto, onde, sem conta, se agitam animais grandes e pequenos.
26Nele navegam as naus e o Leviatã que criastes para brincar nas ondas.*
27Todos esses seres esperam de vós que lhes deis de comer em seu tempo.
28Vós lhes dais e eles o recolhem; abris a mão, e se fartam de bens.
29Se desviais o rosto, eles se perturbam; se lhes retirais o sopro, expiram e voltam ao pó donde saíram.
30Se enviais, porém, o vosso sopro, eles revivem e renovais a face da terra.
31Ao Senhor, glória eterna; alegre-se o Senhor em suas obras!
32Ele, cujo olhar basta para fazer tremer a terra, e cujo contato inflama as montanhas.*
33Enquanto viver, cantarei à glória do Senhor, salmodiarei o meu Deus enquanto existir.
34Possam minhas palavras lhe ser agradáveis! Minha única alegria se encontra no Senhor.
35Sejam tirados da terra os pecadores e doravante desapareçam os ímpios. Bendize, ó minha alma, o Senhor! Aleluia.