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Capítulo 21 de 66

1Oráculo do deserto marítimo. Como um furacão desencadeado do meio-dia, assim vem isto do deserto, de uma terra horrível.*

2Uma visão sinistra me foi revelada: “O salteador rouba, o destruidor devasta. Arroja-te, ó Elam, assaltai, ó medos; não tenhais piedade.*

3Por essa causa tenho os rins atenazados, e sou tomado de dores como uma mulher no parto. Atordoa-me o sofrimento, cega-me o terror;

4minha razão desvaira, o terror me invade, e o crepúsculo desejado causa-me espanto.

5Põem a mesa, estendem o tapete, comem e bebem... Alerta, capitães! Untai o escudo”.*

6Porque o Senhor me disse: “Vai postar uma sentinela! Que ela te anuncie o que vir!*

7Se vir uma fila de cavaleiros, dois a dois, uma fila de asnos, outra de camelos, que preste atenção, muita atenção”.

8E então grite: “Eu vejo! Em meu posto de guarda, Senhor, eu me mantenho o dia inteiro; em meu observatório permaneço de pé todas as noites.

9Eis que vem a cavalaria, cavaleiros dois a dois”. Tomam a palavra e dizem-me: “Caiu, caiu Babilônia! Todos os simulacros de seus deuses foram despedaçados contra a terra”.

10Ó povo meu, pisado, malhado como o grão, o que aprendi do Senhor dos exércitos, do Deus de Israel, eu te anuncio.*

11Oráculo contra Duma. Gritam-me de Seir: “Sentinela, quanto resta da noite? Sentinela, quanto resta da noite?”.

12E a sentinela responde: “A manhã chega, igualmente a noite. Se quereis sabê-lo, voltai a interrogar”.*

13Oráculo das estepes. Passai a noite nas brenhas da estepe, caravanas de dedanitas;

14ide levar água àqueles que têm sede, habitantes da terra de Tema, ide oferecer pão aos fugitivos.

15Porque fogem diante das espadas, diante da espada nua, diante do arco retesado, diante do rude combate.

16Porque eis o que me disse o Senhor: “Ainda um ano, contado como os anos do mercenário, e desaparecerá o império de Cedar”.*

17E só ficará um punhado dos valentes arqueiros, filhos de Cedar. O Senhor, Deus de Israel, o disse.