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Capítulo 34 de 51

1O insensato vive de esperanças quiméricas; os imprudentes edificam sobre os sonhos.*

2Como aquele que procura agarrar uma sombra ou perseguir o vento, assim é o que se prende a visões enganadoras.

3Isto segundo aquilo, eis o que se vê nos sonhos: é como a imagem de um homem diante dele próprio.*

4Que coisa pura poderá vir do impuro? Que verdade pode vir da mentira?

5A adivinhação do erro, os augúrios mentirosos e os sonhos dos maus, tudo isso não passa de vaidade.

6O teu coração, como o de uma mulher que está de parto, sofrerá imaginações. A menos que o Altíssimo te envie uma visão, não detenhas nelas teu pensamento,*

7pois os sonhos fizeram errar muita gente, que pecou porque neles punham sua esperança;

8a palavra da Lei se cumpre integralmente, e a sabedoria se tornará evidente na boca do homem fiel.

9Que sabe aquele que não foi experimentado? O homem de grande experiência tem inúmeras ideias; aquele que muito aprendeu fala com sabedoria.

10Aquele que não tem experiência pouca coisa sabe, mas o que passou por muitas dificuldades desenvolve a prudência.

11Que sabe aquele que não foi tentado? O que foi enganado abundará em sagacidade.

12Vi muitas coisas em minhas viagens, muitos costumes diferentes.*

13Algumas vezes encontrei-me em perigo de morte, mas fui libertado pela graça de Deus.

14O espírito daqueles que temem a Deus será procurado, será abençoado quando Deus olhar para eles.*

15Com efeito, sua esperança está posta naquele que os salva, e os olhos de Deus estão voltados para aqueles que o amam.

16Aquele que teme o Senhor não tremerá; de nada terá medo, pois o próprio Senhor é sua esperança.

17Feliz a alma do que teme o Senhor.

18Para quem olha ela, e quem é a sua força?

19Os olhos do Senhor estão voltados para aqueles que o temem; ele é um poderoso protetor, um sólido apoio, um abrigo contra o calor, uma tela contra o ardor do meio-dia,

20um sustentáculo contra os choques, um amparo contra a queda. Ele eleva a alma, ilumina os olhos; dá saúde, vida e bênção.

21A oferenda daquele que sacrifica um bem, mal adquirido, é maculada. E os insultos dos injustos não são aceitos por Deus.

22O Senhor (só se dá) àqueles que o aguardam no caminho da verdade e da justiça.

23O Altíssimo não aprova as dádivas dos injustos, nem olha para as ofertas dos maus; a multidão dos seus sacrifícios não lhes conseguirá o perdão de seus pecados.

24Aquele que oferece um sacrifício arrancado do dinheiro dos pobres é como o que degola o filho aos olhos do pai.

25O pão dos indigentes é a vida dos pobres; aquele que o tira é um homicida.

26Quem tira de um homem o pão de seu trabalho é como o assassino do seu próximo.

27O que derrama o sangue e o que usa de fraude no pagamento de um operário são irmãos:

28um constrói, o outro destrói. O que lhes resta senão a fadiga?

29Um ora, o outro maldiz; de qual ouvirá Deus a voz?

30Se aquele que se lava após ter tocado num morto torna a tocá-lo, de que lhe serve ter-se lavado?

31Assim se porta o homem que jejua por causa de seus pecados, e torna a cometê-los: de que lhe serve ter-se humilhado? Quem ouvirá a sua prece?