EclesiásticoSelecione outro livro
Capítulo 1 de 51
- Capítulo 1Capítulo 2Capítulo 3Capítulo 4Capítulo 5Capítulo 6Capítulo 7Capítulo 8Capítulo 9Capítulo 10Capítulo 11Capítulo 12Capítulo 13Capítulo 14Capítulo 15Capítulo 16Capítulo 17Capítulo 18Capítulo 19Capítulo 20Capítulo 21Capítulo 22Capítulo 23Capítulo 24Capítulo 25Capítulo 26Capítulo 27Capítulo 28Capítulo 29Capítulo 30Capítulo 31Capítulo 32Capítulo 33Capítulo 34Capítulo 35Capítulo 36Capítulo 37Capítulo 38Capítulo 39Capítulo 40Capítulo 41Capítulo 42Capítulo 43Capítulo 44Capítulo 45Capítulo 46Capítulo 47Capítulo 48Capítulo 49Capítulo 50Capítulo 51
1Toda a sabedoria vem do Senhor Deus, ela sempre esteve com ele. Ela existe antes de todos os séculos.
2Quem pode contar os grãos de areia do mar, as gotas de chuva, os dias do tempo? Quem pode medir a altura do céu, a extensão da terra, a profundidade do abismo?
3Quem pode penetrar a sabedoria divina, anterior a tudo?
4A sabedoria foi criada antes de todas as coisas, a inteligência prudente existe antes dos séculos!
5O Verbo de Deus nos céus é fonte de sabedoria, seus caminhos são os mandamentos eternos.
6A quem foi revelada a raiz da sabedoria? Quem pode discernir os seus artifícios?
7A quem foi mostrada e revelada a ciência da sabedoria? Quem pode compreender a multiplicidade de seus caminhos?
8Somente o Altíssimo, criador onipotente, rei poderoso e infinitamente temível, Deus dominador, sentado no seu trono;
9foi ele quem a criou no Espírito Santo, quem a viu, numerada e medida;*
10ele a aspergiu em todas as suas obras, sobre toda a carne, à medida que a repartiu, e deu-a àqueles que a amavam.
11O temor do Senhor é uma glória, um motivo de glória, uma fonte de alegria, uma coroa de regozijo.
12O temor do Senhor alegra o coração. Ele nos dá alegria, regozijo e longa vida.
13Quem teme o Senhor se sentirá bem no instante derradeiro, no dia da morte será abençoado.
14O amor de Deus é uma sabedoria digna de ser honrada.
15Aqueles a quem ela se mostra amam-na logo que a veem, logo que reconhecem os prodígios que realiza.
16O temor do Senhor é o início da sabedoria. Ela foi criada com os homens fiéis no seio de sua mãe, ela caminha com as mulheres de escol, vemo-la na companhia dos justos e dos fiéis.
17O temor do Senhor é a religião da ciência.*
18Essa religião guarda e santifica o coração; ela lhe traz satisfação e alegria.
19Aquele que teme ao Senhor será confortado, no dia da morte será abençoado.
20O temor do Senhor é a plenitude da sabedoria, a plenitude de seus frutos, para aquele que a possui
21ela enche toda a sua casa com os bens que produz, e seus celeiros com seus tesouros.
22O temor do Senhor é a coroa da sabedoria: dá uma plenitude de paz e de frutos de salvação.
23Ele a viu e numerou-a; ora, um e outra são um dom de Deus.
24A sabedoria distribui a ciência e a prudente inteligência; eleva à glória aqueles que a possuem.
25O temor do Senhor é a raiz da sabedoria, seus ramos são de longa duração.
26A inteligência e a religião da ciência se acham nos tesouros da sabedoria, mas a sabedoria é abominada pelos pecadores.
27O temor do Senhor expulsa o pecado,
28pois aquele que não tem esse temor não poderá tornar-se justo. A violência de sua paixão causará sua ruína.
29O homem paciente esperará até um determinado tempo, após o qual a alegria lhe será restituída.
30O homem de bom senso guarda suas palavras; muitos falarão, em voz alta, de sua prudência.
31O sentido da instrução está encerrado nos celeiros da sabedoria.
32Mas o culto de Deus é abominado pelo pecador.
33Meu filho, tu que desejas ardentemente a sabedoria, sê justo e Deus te concederá.
34Pois o temor do Senhor é sabedoria e instrução, e o que lhe é agradável
35é fidelidade e doçura; ele encherá os celeiros daqueles (que as possuem).
36Não sejas rebelde ao temor do Senhor, não vás a ele com um coração fingido.
37Não sejas hipócrita diante dos homens, e que teus lábios não sejam motivo de queda.
38Vela sobre eles para que não caias, e não atraias sobre tua alma a desonra;
39e para que Deus, revelando teus segredos, não te destrua no meio da assembleia,
40por te teres aproximado do Senhor sorrateiramente, com o coração cheio de astúcia e engano.